Um grupo de funcionários da direcção da polícia municipal de Maputo, acusa o comandante de estar a fazer promoções, despromoções, desrespeito aos oficiais e chefes de ramos desta polícia, nepotismo, assédio sexual em troca de promoções e nomeações arbitrárias, desvio de bens apreendidos e perseguições aos agentes que tentam denuncia – lo, entre outras.
Texto׃ Coutinho Macanandze
Segundo informações avançadas numa carta denúncia em nosso poder, aquela instituição virou um autêntico palco de violações. Não se obedece a hierarquia das forças paramilitares para ocupar os cargos de chefia, o que esta a funcionar do momento é o critério da camaradagem.
Os trabalhadores com nível médio e superior são preteridos em relação aos guardas de confiança familiar ou por via do assédio sexual, mesmo que tenha baixa escolaridade, pouco tempo de serviço, mau desempenho e baixa categoria.
Para além dessas atrocidades, tem feito o uso de fundos públicos para os seus caprichos pessoais, todas estas atrocidades aliadas a má gestão e dirigismo do seu corpo directivo tem permitido que as populações dos diversos distritos municipais se revoltem por causa da arrogância e dirigismo autoritário e mau desempenho.
Consta ainda que muitos são os desacatos e desrespeito a lei e as autoridades competentes, varias vezes ignorou as decisões do tribunal administrativo e chegando a afirmar que “ Nem o acórdão, nem a lei estão claros”. Perante a pressão de alguns subordinados seus, o comandante esta a interceptar perseguições aos oficiais e guardas do 1º curso, com mais de 20 anos de serviço, que passa por baixar a categoria e o salário e bem como o despedimento sem justa causa como último recurso.
Espada defende-se
O comandante da polícia municipal da Cidade de Maputo, António Espada, disse que a carta foi escrita pelos funcionários mais antigos, alguns dos quais já ocuparam cargos de chefia. O que estão a fazer não passa de uma reivindicação dos lugares que perderam para os outros colegas que estão onde estão com mérito porque tiveram um bom desempenho profissional exemplar e provaram terem capacidades física e intelectual para o efeito.
As nomeações para os cargos de chefia, segundo conta a fonte, não se baseiam em regras paramilitares nem antiguidade, Acrescenta ainda que só para clarificar, ainda não existe uma norma ou regulamento interno de nomeações com base em disciplina paramilitar uma vez estar em processo a elaboração de um projecto de criação de um sistema de promoções por patenteamento consoante as funções que cada um desempenha.
Para Espada, esta preocupação vem demonstrar algum dinamismo que implementou desde que entrou naquela casa. Visto que estancou a rede de preguiçosos que querem ser promovidos com base na antiguidade e não no trabalho.
Sem comentários:
Enviar um comentário