sexta-feira, 13 de julho de 2012

Actividade informal um meio de sobrevivência

Actividade informal um meio de sobrevivência
Os vendedores informais do mercado da Machava-sede, na cidade da matola, afirmam que a práctica daquela actividade resulta da busca de um meio de sobrevivência para satisfação das necessidades primárias em suas vidas, aliado ao crescente desemprego que tende a ganhar contornos alarmantes na urbe.
Texto de : Coutinho Macanandze
Francisco dos Santos tem 51 anos de idade, desde cedo trabalhou como funcionário público, onde segundo ele, não se sentia livre, devido as crescentes ordens e difícil relacionamento com os seus patrões. O que culminou com o fim do seu namoro com a instituição, como a vida é feita de desafios, aquela situação, abriu caminho para que rumasse ao mundo do negócio.
Conta que foi, há 15 anos, naquele mercado que começou a dar os primeiros passos, como vendedor informal, vendendo diversos artigos, dentre as quais os de vestuário.
Conta que na altura, começou com 500 meticais, onde graças a crescente procura pelos produtos e rentabilidade do negócio, conseguiu erguer a sua modesta casa, e garantir com que a familia, não passasse por necessidades.
Com o tempo foi abalado, com dificuldades financeiras, o que arruinou o seu trabalho,  obrigando a vender a sua morada, de modo a manter o seu auto-sustento em pé. Apesar de tudo diz que nem tudo é um mar de rosas no seio dos comerciantes, porque actualmente a actividade esta renhida, devido a concorrência desleal, visto que, basta dar uma volta em cada esquina do bairro há uma banca, o que vezes em conta acaba reduzindo o poder de compra.
Outro factor importante, que concorre negativamente para a redução da procura esta relacionado com, o misero salário, dos funcionarios que constituem principais compradores dos seus produtos.
Conta ainda que a rotina diária tem sido a mesma, uma vez que os volumes de compra variam, o que faz com que haja dias, em que a torneira não jorre e noutras se esbanjem. Apesar da inconstante na venda, consegue-se o básico para sobreviver.
A grande preocupação do Dos Santos, prende-se com as diversas limitações do sector bancário nacional, que tende a impor grandes restrições no acesso ao crédito, o que em muitas vezes, não ajuda aos citadinos com fraco poder financeiro, mas desejam alargar e diversificar a sua actividade.
Por isso, a fonte exorta ao governo para que olhe no comerciante, como um individuo que contribui para o combate a pobreza no país, através do pagamento das taxas fiscais entre outras existentes no mercado informal.
Apesar destas balizas, sente-se um trabalhador como qualquer outro que ganha a vida honestamente, porque contribui para o desenvolvimento da económia da urbe, uma vez ser um trabalho digno e apela ao governo a criar um instrumento legal que de valor a essa classe laboral, concluiu.
Por seu turno, Amélia Chaúque, 51 anos, esta revela que está a cerca de 30 anos na actividade comercial, uma vez ter sido influenciado pelos seus descendentes que também, práticavam a mesma, além da busca de meios financeiros para subsistência da familia.
Não obstante, a concorrência desleal, a fonte pede a polícia municípal da urbe, a restaurar a ordem e cumprimento da postura urbana, através da remoção dos vendedores que estão em redor dos passeios de nazo nazo, factor este que prejudica o andamento normal do negócio.
O destino da mamana, é diferente do seu comparsa, dos Santos, uma vez que ela diz estar satisfeita com o trabalho, bem como ter conseguido alcançar estabilidade financeira na vida, construido uma casa condigna, o grande desafio agora passa por manter a balança equilibrada, garantir o sustento dos estudos dos seus filhos e consolidar as conquistas.
 Deixa um recado aos vendedores, que devem unir-se em prol do desenvolvimento do país, assim como humano e social, para de uma vez por todas acabar com este mal, da pobreza que vitima os moçambicanos.
Somos todos trabalhadores e devemos aproveitar o primeiro de Maio, para exaltar os nossos feitos e contributos para o crescimento económico, social e humano, assim como exiguir os nossos direitos laborais”,concluiu a fonte.              
  



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 missao
Reflectir em torno dos diversos problemas que aflingem os mocambicanos e encontrar possiveis solucoes de forma conjunta.
objectivo
fazer com que cada um de nos saiba interpretar as diversas mudancas registadas no seio das politicas publicas, sociais e culturais.