sexta-feira, 27 de julho de 2012

Livaningo produz fogões melhorados

Livaningo produz fogões melhorados
Decorre desde a manhã de hoje, uma formação de agentes comunitários em matéria de fabrico de fogões melhorados com o propósito de minimizar os efeitos negativos do uso da lenha e do carvão vegetal sobre o meio ambiente.
Texto: Coutinho Macanandze
De acordo com a aquela organização ambiental, a referida formação vai dotar os beneficiários de ferramentas, como forma de lidar da melhor maneira com questões ligadas ao uso racional do carvão vegetal sobre o meio ambiente, na saúde e melhorar a vida das comunidades através da promoção e massificação dos fogões melhorados de baixo custo, económicos e acessíveis as populações de baixa renda.     
 O oficial de campo da Livaningo, José Matsiné, disse que a referida iniciativa vai possibilitar com que as comunidades tenham bases sólidas para que se reduza o desmatamento florestal e incutir as pessoas a usarem de forma sustentável a energia sem prejudicar o ambiente e a saúde da própria população. Bem como reduzir a quantidade de carvão usado no seio da sociedade moçambicana. Avançou ainda que na fase piloto do projecto serão abrangidas cerca de 250 famílias da capital moçambicana até dezembro do ano em curso.
Com a entrada em funcionamento do fogão fabricado a barro, poderá permitir com que haja tempo para o replantio das árvores florestais, coisa que actualmente não acontece com os carvoeiros dedicados a extracção do carvão vegetal nas florestas nacionais.
A produção dos primeiros fogões melhorados em número de cerca de 250, vão beneficiar numa primeira fase, um bairro ainda por identificar no distrito municipal Kamaxakeni e numa posterior depedendo dos resultados da implementação do projecto, irá expandir aos restantes bairros e grande parte da zona sul do país.
 Por seu turno o coordenador de projectos da Livaningo, Domingos Pangueia, disse que a formação reflecte o comprometimento da instituição no uso e gestão sustentável das energias, contribuindo deste modo na redução da proliferação da poluição ambiental e humana. Uma vez que cerca de 75% da população moçambicana depende da energia de biomassa( Lenha e Carvão)
Pangueia refere que a introdução no mercado nacional de fogões melhorados produzidos a barro, vem responder aos problemas que se verificam no país, caso do aumento de áreas desmatadas devido a exploração e abate indiscriminado de árvores para produção do carvão vegetal e as vulnerabilidades que as comunidades moçambicanas estão sujeitas, nomeadamente as doenças bronco-pneumonares e cancros causados pela exposição descuidada dos fumos.
Espera-se ainda que a iniciativa possa trazer ganhos no seio das famílias, caso da redução da energia consumida, redução do indice de desmatamento florestal, alta resistibilidade e poder calorifico do fogão , redução do custo de aquisição do carvão e assim como a melhoria da saúde da mulher e criança, principais vitímas que inalam o fumo caseiro.
Acrescenta ainda que o distrito municipal Kamaxakeni, é um local estratégico para implementação do projecto, devido essencialmente as precárias condições financeiras da população, a fraca expansão urbana e do saneamento do meio e entre outras problemáticas que afectam aquela comunidade.
 Segundo informações oficiais do governo moçambicano, são abatidas anualmente em todo território nacional 16 milhões de árvores para produção do carvão vegetal, custo avaliado em 700 milhões de dólares , onde deste valor apenas chegam ao mercado 300 milhões.
 A título de exemplo em 2011, as cidades da Beira,Maputo e Nampula, consumiram oito milhões de sacos de 60 quilogramas de carvão vegetal e que contribuiu para o aumento dos preços do carvão vegetal em cerca de 200%.
Para a implementação do projecto foram investidos pela Norges Naturvernforbund da Noruega, vocacionada na luta pela conservação da natureza, cerca de 100 míl dólares, para os últimos seis mesês de 2012 e a agência holandesa de desenvolvimento com a injecção de 16 míl dólares, que serão alocados aos produtores dos fogões melhorados e bem como na promoção e participação em feiras com propósito de abrir caminhos para levar ao mundo acções de combate a degração ambiental.
Participam da formação cerca de 15 pessoas, dentre elas o secretário do bairro da Maxaquene, estudantes e membros de diversas associações sediadas na capítal do país. O fogão ora lançado ao mercado vai custar entre 250 á 600 meticais, e o carvão este será produzido com base no uso do papel reciclado.
O papel será reciclado em molhos onde depois é introduzido na água durante três dias e em seguida retirado e exprimido o líquido para seu posterior uso.
De recordar que aquela agremiação sediada na capítal moçambicana, tem como seu pôlo de acção as comunidades com baixa renda, visando fazer o uso e gestão racional do meio ambiente evitando assim o colapso ecológico que ameaça o planeta mundial.
 




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