terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Plano de contingência esvazia e clama por apoios


O orçamento do plano nacional de contingência criado para mitigar os efeitos das calamidades naturais avaliado em 120 milhões de meticais esgotou em face do grande número de pessoas afectadas e outras que precisam de resgate e cuidados sanitários. Facto que obrigou o governo a lançar o apelo a comunidade internacional e singulares para colmatar as lacunas existentes.

Texto: Coutinho Macanandze

Muitas pessoas pensam que a solidariedade é uma acção esquecida e pouco utilizada e conhecida no quotidiano de cada moçambicano. Mas a chuva que assola milhares de comparsas nossos exige que cada um com o pouco que tem apoie as vítimas que estão a passar dias e noites sem água e produtos alimentares para matar a fome.

O pouco dinheiro que o governo tinha em sua posse para minimizar a triste sina das vítimas das enxurradas, evaporou com o tempo porque a necessidade é maior. Onde falta cobertor para se esconder do frio, medicamentos para prevenir-se da propagação do surto da diarreia e da cólera, infecções respiratórias e conjuntivite, doenças que já começaram a fazer vítimas nos centros de acomodação da província de Gaza.

O aumento das necessidades das pessoas afectadas e das que ainda continuam sitiadas em cima das árvores e tectos, ultrapassa as capacidades financeiras do estado moçambicano que esgotou até as diminutas reservas.

Portanto lança o grito de socorro para a comunidade internacional, singulares, colectivos e demais organizações da sociedade e forças partidárias para fazer valer o cunho da unidade nacional e do patriotismo.  

A porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, Rita Almeida disse que em face da situação actual que se verifica nalgumas províncias do centro e sul do país urge a necessidade de cada moçambicano aderir ao movimento de solidariedade activado por causa da insuficiência de dinheiro para aquisição de quits diversos para socorrer as vítimas das inundações. 

  Rita Almeida realça que apesar de muitas forças vivas da sociedade estarem a abraçar a iniciativa precisa-se com urgência a alocação de mais apoios, porque ainda falta cobertores, tendas, água e entre outros produtos de primeira necessidade.

No entanto há necessidade de os apoios serem efectuados de forma ordeira através da canalização dos apoios aos órgãos competentes nomeadamente o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades e suas representações nas províncias e distritos, Cruz Vermelha de Moçambique e os governos locais.

Rita Almeida disse ao @Verdade que para que cada indivíduo ou associação apoie as vítimas da chuva é necessário que se desloque com os produtos ao Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, Cruz Vermelha de Moçambique ou entre em contacto para as linhas disponíveis para canalização de apoios.  

A nível central existem brigadas indicadas para acolher os apoios drenados e bem como números disponibilizados para o devido efeito

 Rita Almeida a canalização do apoio de forma organizada vai permitir com que haja melhor controlo das necessidades dos afectados e evitar que os apoios sejam canalizados apenas num único centro de acomodação e garantir assim equidade na distribuição dos produtos em espécie ofertados.

Vai mais longe ao afirmar que o movimento de solidariedade para com as vítimas das inundações englobe todos intervenientes do país, isto é, singulares, colectivos e comunidade internacional foram criados brigadas fixas e linhas telefónicas móveis a nível central disponibilizando os números 820000055 e 820000022.

Para além dos contactos províncias das delegações do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades nas províncias: Nampula (828564500), Cabo delgado (824468200), Niassa (822533982), Zambézia (823430650), Inhambane (827099220), Gaza (828629200), Maputo-cidade (829818572).

Acrescenta Rita Almeida que não há limitações no apoio, isto é, qualquer tipo de ajuda é benéfico para as pessoas afectadas por aquela calamidade natural, porque perderam tudo que tinham em sua posse e a diversidade vai contribuir para atenuar as carências de muitas famílias em situação difícil.

  Acrescenta ainda que todos aprendemos a trabalhar e construir em conjunto para proporcionar uma vida digna, mais humana e melhor a cada interveniente da comunidade, distrito e província de cada canto do país, através. Por isso apela a todos moçambicanos a fazer valer o seu gesto solidário.    

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