A comunidade do bairro de Muhalazi, no município da Matola, reuniu-se no último Sábado, da Escola Primária Trindade, com o intuito de declinar as irregularidades protagonizadas pelo director da Escola Primária Trindade de Muhalazi, em causa esta o mau comportamento do director que se amantiza com as encarregadas e alunas em troca de favores como passagem de classe das alunas, condição unívoca para matricular-se, falta de mínimas condições de higiene, transformação da escola num verdadeiro ringue de pugilismo sexual e sonoro, onde toda aluna é vítima daquele predador.
Texto: Coutinho Macanandze
Várias foram as vezes que a população solicitou encontro com o director, mas este sempre pautou pela ausência e no sábado não fugiu regra primou pela ausência no encontro. Facto que não impediu que o mesmo se realizasse.
O assédio e violação sexual de alunas e encarregadas de educação na escola, são os pontos que mais tiram sono os moradores, que são obrigados a andarem vigilantes, para com as esposas e filhas, um tesouro procurado a todo custo pelo director da escola. Eles pedem que haja intervenção do governo provincial para resolução deste diferendo, porque os pais e encarregados de educação querem ver resolvida a questão do abuso do poder, usado para brincar com as filhas e esposas que são alvos constantes do director daquela escola, que usa o seu cargo para fazer mais vítimas.
Manasses Matlombe reside no bairro de Muhalazi, disse ao @Verdade estar agastado com a atitude do director onde desabafa que “ Estamos cansado com a sujidade do director da escola, porque não valoriza a ninguém e nem a estrutura do bairro, muito menos as nossas filhas e mulheres”.
De acordo com Manasses o cansaço resulta do aumento de vítimas sexuais, onde sua sobrinha não escapou e acabou por ser violada sexualmente, porque ainda estava numa fase crítica da adolescência, o que poderá trazer trauma para vida toda.
Aponta Manasses Matlombe que há 20 anos que reside naquele bairro, com o mesmo director arrogante e que não se preocupa com o futuro das filhas, porque não há nenhuma rapariga que escapa as entranhas do predador. Enquanto sonhamos com um casamento condigno, ele viola as nossas filhas porque mantém relações sexuais com recurso a chantagem, ameaças de reprovação, do corte da vaga em detrimento de quem aceite as suas condições e entre outros.
Por isso, que decidimos dizer não a martirização da vida das nossas filhas e mulheres, por isso, a única solução passa pela sua exoneração. Porque esta usar o cargo para espezinhar alunas e encarregadas de educação. “Estamos cansados”.
João Dércio sustenta “ as mães são obrigadas a envolver-se sexualmente com o director para matricular seus filhos”.
As mulheres da comunidade dizem que não sabem como proteger as suas filhas, onde desconfiam que seja drogado, porque ele consegue qualquer encarregada ou aluna que ele precisa para domar.
Acrescentam ainda que muitas das suas filhas, são usadas como moeda de troca por uma passagem, ou por uma matrícula, o que muitas vezes acaba por deixa-las vulneráveis a contrair doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes precoces.
Imundície toma conta da escola
Hélder Hunguana é o chefe das 10 casas daquele bairro, onde manifesta o seu desagrado com o comportamento pouco digno e duvidoso do director, porque segundo ele age como um marginal, uma vez que a imundície reina naquele recinto escolar que não reúne o mínimo de condições higiénicas, falta um pouco de tudo, as casas de banhos são um atentado a saúde pública, água virou luxo para os alunos que são obrigados a carregar a cabeça dois litros diariamente.
Qualquer indivíduo que se dirija a escola, corre o risco de sair doente, porque a casa de banho, virou um centro de deposição de sujidade. Situação agravada com a falta de água para amenizar fenómeno que se dramatiza a cada dia que passa.
João Dércio também reside naquele bairro onde afirma que a imundície resulta da gestão deficiente do director, porque já houve uma Organização Não Governamental que queria reabilitar a escola, mas a inoperância do corpo directivo e falta de acção por parte do governo provincial, deitou tudo a perder, resultado regista-se a cada dia que passa a degradação acentuada das infra-estruturas e das condições de higiene.
A comunidade ciente da importância da água foi forçada a contribuir 20 meticais por cada pai para reabilitação da fonte, assim aconteceu e funcionou apenas três meses disse o nosso interlocutor.
“ A escola está há três anos sem água, não sabemos porque e o corpo directivo nada faz para resolver essa inquietação, parece que estão conformados e estão criar condições para que nossos filhos corram riscos de contrair cólera entre outras doenças, provocadas por deficientes condições de higiene”.
Outra inquietação prende-se com o assedio sexual e transformação da escola, num verdadeiro antro de perdição, isto é, um bordel nocturno, onde a cada dia que passa as alunas e encarregadas de educação são alvos a abater por parte do dirigente.
Escola uma verdadeira discoteca diurna
A população mostra-se preocupada com o comportamento do director, porque transforma a escola numa autêntica discoteca, onde monta aparelhagem no seu carro e chegado a escola, a música é tocada até a um volume alto, onde convida os alunos para dançarem.
A vizinhança e as autoridades do bairro, tentaram em vão dialogar com o director para limar este vício maligno, que perturba os moradores que vivem a escassos metros da escola.
Os moradores de Muhalazi, mostram-se indiferentes e cada vez mais preocupados com educação dos filhos, porque com esta postura poderá induzir os filhos a enveredarem por um caminho contrário aos princípios humanamente aceites na sociedade. Acrescentam que além de educar que era o seu papel esta a deformar os petizes.
Outra inquietação está relacionada com o destino dos dois blocos que são obrigados a tirar por cada encarregado de educação em todos anos que seriam suficientes para resolver a problemática da insuficiência de salas de aulas, casas de banho imundos. Porque segundo eles quando chove muitos alunos não tem aulas porque grande parte assisti as aulas ao relento.
Desde 2010 que os blocos para construção de mais salas de aulas são disponibilizados, que somem sem nenhuma explicação, porque até então nada foi feito, e para além do dinheiro para pagar o guarda que nada tem feito, para protecção da escola, porque malfeitores transformam a escola numa praça dos namorados. A falta de água na escola e inoperância das sanitas, está libertar um fedor intolerável para os alunos, o que em parte prejudica o decurso normal das aulas.
Outra inquietação da população prende-se com o abandono por parte do município, uma vez que ainda não beneficiam de energia, falta mercado, posto policial e entre outros serviços sociais básicos.
Outra inquietação da população prende-se com o abandono por parte do município, uma vez que ainda não beneficiam de energia, falta mercado, posto policial e entre outros serviços sociais básicos.
Estranho segundo Hélder Hunguana é que os pais e encarregados de educação são obrigados a oferecer blocos que não chegam a ver o seu destino, porque desaparecem e não há nenhuma explicação sobre o sucedido.
O director da escola primária de Trindade de Muhalazi, Castigo Cossa reconheceu que as condições das infra-estruturas escolares são deficitárias, principalmente a da casa de banho que não reúne condições para ser frequentado. Porém ainda não há nenhum plano de reabilitação em vista porque não há dinheiro para custear as obras.
No entanto Castigo Cossa disse que decorrem internamente trabalhos para elaboração de um projecto para uma intervenção de raiz, mas a prioridade do momento passa pela montagem de um sistema de abastecimento de água para evitar que os alunos tragam de casa, o que tem acontecido até ao momento.
No concernente as alegadas acusações de assédio e violação sexual de alunas e encarregadas de educação, Cossa sublinhou que são afirmações descabidas de qualquer fundamento, pois não passa de calúnias de pessoas mal-intencionadas que querem a todo custo desinformar os moradores, para denegrir a sua imagem.
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